sexta-feira, 30 de março de 2012


Dinamite em ônibus é rotina
   
 
A prisão de três assaltantes na rodoviária Harold Nielson, em Joinville, anteontem, momentos antes de embarcarem rumo a São Paulo com sete bananas de dinamite na bagagem, revela um aspecto da logística dos caixeiros até então desconhecida. O transporte mais comum de explosivo é feito em ônibus de linha. A dinamite é levada e recebida no Estado por quadrilheiros que explodem caixas eletrônicos em SC, PR e SP. A prisão mostra também que a polícia está se antecipando às ações criminosas e que evitou uma possível tragédia. Os quadrilheiros especialistas em dinamitar caixas eletrônicos transportam explosivo em pequenas quantidades para evitar perdas significativas em caso de apreensão. Preferem viajar de madrugada para burlar com mais facilidade a fiscalização nas estradas. E viajam em grupos pequenos, para não chamar a atenção. – O transporte de dinamite em ônibus de linha é comum também entre quadrilhas de fora do Estado. Os daqui levam explosivo para fora de SC e trazem de outros estados nos ônibus. Eles preferem viajar de madrugada porque é mais fácil burlar a fiscalização. Dificilmente tem checagem de bagagem – disse o delegado da Divisão de Furtos e Roubos da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic), Diego Azevedo. Os delegados Azevedo e Ana Ramos Pires, titular do Grupo de Diligências Especiais da Deic, e suas equipes, são os responsáveis pela primeira prisão de assaltantes prestes a viajar com dinamite em uma rodoviária do Estado. Esta é a segunda vez que a Deic se antecipa à ações deste tipo de crime. Na primeira, em Penha, em 15 de fevereiro passado, três assaltantes foram presos e um, morto. Os três detidos anteontem são os irmãos Alex e Luiz Fernando Heidrickson dos Santos, 29 e 20 anos, e Eglaison Albano Camilo, 28 anos. Eles conversavam na rodoviária, pouco antes das 22h, quando policiais da Deic e da Divisão de Investigações Criminais (DIC) de Joinville os abordaram. O ônibus, que partiu de Florianópolis, sairia às 22h10min, com 32 passageiros, com destino a São Caetano do Sul, na Grande SP. Eles estavam com três malas grandes – duas guardavam a dinamite, e a terceira, o equipamento detonante.
Fonte:ACAERT


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